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Aumento dos Pedidos de Falência e Recuperação Judicial no Brasil: Análise Crítica da Atual Política Econômica

  • Foto do escritor: arnaldo cesario
    arnaldo cesario
  • 7 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

O cenário econômico do Brasil tem se mostrado desafiador para muitos setores, e os dados refletem uma escalada preocupante no número de pedidos de falência e recuperação judicial nos últimos anos. Desde o início do atual governo, observamos uma convergência de fatores que impactaram negativamente o ambiente de negócios, intensificando a vulnerabilidade das empresas, sobretudo as de médio e pequeno porte.


1. Juros Elevados e o Efeito no Custo do Crédito


Recuperação judicial e falência
Recuperação judicial e falência

Um dos pilares da atual crise econômica é a taxa de juros elevada. Embora o Banco Central busque controlar a inflação, a política de manutenção dos juros em patamares elevados (Selic em torno de 13,75% por grande parte de 2023 e início de 2024) resultou em um encarecimento do crédito para as empresas. Sobretudo para as que dependem de financiamento para capital de giro, isso representa um peso insustentável que leva, inevitavelmente, a pedidos de recuperação judicial e falência.


No governo anterior, houve um esforço mais acentuado para a redução da taxa de juros.

Em 2022, a taxa Selic chegou a valores relativamente controlados, incentivando o investimento privado e oferecendo um alívio às empresas. Essa diferença de abordagem gerou um ambiente mais estável, possibilitando que muitas empresas pudessem reinvestir e crescer. No entanto, com a elevação da Selic, observamos um encarecimento do crédito que torna o cenário de inadimplência mais frequente.


2. Perda do Poder de Aquisição e Efeito no Consumo Interno


Empresários falindo numa velocidade absurda no Brasil
Empresários falindo numa velocidade absurda no Brasil

A perda do poder de compra é outro ponto crítico. A alta inflação reduz o valor real dos salários, impactando a capacidade de consumo das famílias brasileiras. Com menos demanda, as empresas enfrentam dificuldades para escoar seus produtos, comprometendo sua liquidez e aumentando a necessidade de recorrer a crédito para cobrir custos operacionais. Essa falta de demanda cria um efeito em cadeia, em que cada setor impactado leva outros a seguir pelo mesmo caminho.


Em contraste, no governo anterior, o poder de compra foi sustentado por políticas de incentivo ao consumo e benefícios emergenciais. Mesmo que os efeitos da pandemia ainda fossem sentidos, havia um estímulo ao consumo que beneficiava o mercado interno e oferecia uma base de sustentação para muitos setores da economia.


3. Desconfiança dos Investidores e Impacto no Mercado de Capitais


Outro fator que não pode ser ignorado é a crescente desconfiança dos investidores, que resulta em menor liquidez no mercado. Medidas econômicas instáveis, mudanças abruptas e a percepção de uma equipe econômica descoordenada alimentam incertezas. Esse cenário reflete diretamente no mercado de capitais, reduzindo investimentos e pressionando ainda mais as empresas a buscarem soluções emergenciais para cobrir seus déficits financeiros.


Conclusão


Em resumo, o cenário atual reflete um ambiente econômico que gera desconfiança, afasta investimentos e pressiona as empresas a um ponto de ruptura. Para reverter esse quadro, é fundamental repensar a política de juros, buscar uma retomada do poder de compra dos consumidores e restabelecer a confiança dos investidores. Caso contrário, veremos uma continuidade na escalada de pedidos de falência, sufocando o crescimento econômico e comprometendo o futuro das empresas brasileiras.

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